Quais são os tratamentos para a condropatia patelar?
A condropatia patelar e a dor patelofemoral podem ter inúmeras causas. Por isso, é imprescindível uma análise minuciosa do paciente, avaliando as possíveis fraquezas musculares, as alterações anatômicas e morfológicas, entre outras questões.
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Os graus da condropatia patelar
Outra informação importante que deve ser analisada é em relação ao grau da condropatia patelar. Ele pode variar em:
- grau 1: existe apenas um “amolecimento” da cartilagem e presença de edemas;
- grau 2: a cartilagem apresenta pequenas fissuras e fragmentações;
- grau 3: essas fissuras e fragmentações já são maiores;
- grau 4: o osso abaixo da cartilagem está exposto.

Os tratamentos mais comuns
O tratamento visa promover ganho de força e flexibilidade muscular, oferecer maior estabilidade articular, melhorar a consciência corporal do paciente, reduzir a dor e a inflamação e garantir um retorno às atividades de forma adequada, com uma total reabilitação.
Analgesia
Pacientes em uma fase aguda podem não conseguir realizar os exercícios propostos. Por isso, nesse momento é importante reduzir a dor e o edema no joelho afetado.
Algumas opções de analgesia são: o TENS, o ultrassom (em uma fase subaguda ou crônica), a crioterapia e a terapia manual.
Alongamento
É fundamental para oferecer maior ganho de flexibilidade às fibras musculares, além de amplitude de movimento. É possível realizá-lo de forma passiva ou ativa, porém sempre deverá ser feito um alongamento global da musculatura.
Nos casos de condropatia patelar com ângulo Q aumentado (joelho valgo) é preciso uma atenção maior aos músculos:
- quadríceps;
- adutores e abdutores;
- ísquios tibiais;
- trato iliotibial;
- glúteos médio e máximo.

Fortalecimento muscular
O fortalecimento de toda a musculatura envolvida é um dos pontos fundamentais de qualquer tratamento para a condropatia patelar. Mas é importante que o fisioterapeuta faça uma análise global do paciente e não apenas do seu joelho.
Os músculos que devem ter maior atenção no tratamento são:
- glúteo médio e máximo: ajudam a oferecer uma maior estabilidade ao quadril e à articulação do joelho, evitando o valgo dinâmico em atividades que exigem o apoio em um pé só;
- quadríceps: com atenção especial ao vasto medial, responsável por equilibrar as forças que agem na patela, reduzindo a lateralização, além de recuperar a potência do membro inferior.
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Alguns exercícios que podem ser realizados para esses objetivos são:
- ativos livres sem ou com carga, com o paciente em pé, sentado ou deitado;
- ativos resistidos, com resistência causada por aparelhos, elásticos ou força manual;
- isométricos com carga ou sem, com o paciente sentado ou deitado;
- exercícios combinados de propriocepção e de força;
- mecanoterapia, tendo atenção à angulação.
Sempre iniciar os exercícios com opções de baixo impacto e em um ritmo leve. O nível de dificuldade deverá ser aumentado aos poucos, de acordo com o grau da lesão e a evolução demonstrada pelo paciente.
Pilates
O Pilates age promovendo o alinhamento da patela e melhorando o equilíbrio muscular de todo o corpo do aluno. Nos casos específicos de condropatia patelar é possível pensar em treinos com exercícios de alongamento e mobilização, potência e força do membro inferior.
De forma geral, é essencial promover o alongamento dos ísquios tibiais, além de dar uma atenção especial ao quadríceps, aos glúteos e as panturrilhas (tríceps sural).
Bandagens ou Kinesiotaping
Podem auxiliar no tratamento, já que a fita em contato com a pele oferece estímulos sensoriais importantes, capazes de melhorar a comunicação com os tecidos profundos, além de ativar os mecanorreceptores que ficam na derme e na epiderme.
Esses receptores são os responsáveis por informar sobre eventos capazes de afetar a biomecânica do movimento, corrigindo as questões.
Com esse método, pode-se conseguir: redução da sensação de desconforto e da dor, correção de desvios articulares, aumento da propriocepção e auxílio na contração muscular.
Liberação miofascial
A liberação miofascial busca promover o relaxamento dos pontos de tensão da musculatura causados por alterações na fáscia. Quando o fisioterapeuta realiza a pressão, ocorre uma isquemia; ao retirar a pressão, o fluxo de sangue no local aumenta, melhorando a oxigenação e promovendo o relaxamento muscular e o alívio da dor.
Essa técnica pode ser usada para melhorar a flexibilidade e a mobilidade articular, garantindo uma execução mais adequada dos movimentos, além de reduzir a sobrecarga e a tensão da musculatura na articulação.
Referências
– Síndrome da dor fêmoro-patelar: implicações para a fisioterapia
– Como tratar a condropatia patelo-femoral?
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